Autobiografia


Minha família é uma família normal, pacata e as vezes não. Tenho uma mãe muito séria que tem 15 irmãos (Viiiishh né...). Não sei bem em qual situação foi criada, mas não recebeu exclusividade nem quando era ainda um bebê de colo, por isso acredito que tenha sido um pouco fria em expressar seus sentimentos pra mim quando eu era criança. Meu pai também não fica pra traz na quantidade de irmãos que tem, acho que uns 10 ou 11 irmãos. Ele, trabalhador autônomo como pintor residencial, sempre vi meu pai nesta área, e vou dizer, um dos melhores da cidade ou até da região do estado. Minha mãe conheci como doméstica, mas na real mesmo, via ela com a profissão de Dona de Casa.

Não cresci cheia de mimos, e também nem era uma criança chorona, sempre conformada com as situações que a vida ia impondo de criança para adolescência para juventude e para adulto.

Sempre tive mais vontade de brincar do que namorar e de estudar do que brincar. Não tinha vontade de sair, viajar ou qualquer outra coisa legal que se tinha pra fazer, a não ser estudar. Quase me tornei uma pessoa isolada, mas a escola me ajudou neste lado, pois haviam trabalhos em grupos e eu sendo uma aluna inteligente, todos queriam fazer trabalhos comigo. Então não tive muitos problemas com a tal depresinha...

Da adolescência até a minha juventude, lembro-me que queria ser livre, queria terminar logo o ensino médio, queria começar a trabalhar e queria sair para festas, shows entre outros. Terminar o ensino médio, eu terminei! Trabalhar logo, trabalhei! Sair para festas e Shows, sai!

No ensino médio, eu queria terminar, porém não da forma como foi. Como eu queria começar a trabalhar logo, tive que transferir minha matricula do turno matutino para noturno, e acabei perdendo toda a graça da despedida de uma turma maravilhosa que eu estava. Trabalhei muito após isso, trabalhei tanto que até pedi pra sair do lugar onde eu estava por não me sentir mais bem. Porém este primeiro trabalho, foi o começo da minha carreira profissional e sou grata até hoje por todos os momentos vividos naquele lugar, mesmo os piores momentos.

Sair para festas, shows e baladinhas, eu sai! Claro, que tive que completar 18 anos para poder ficar até mais de 00:00 na rua. Porém fiz amizades que não era pra ter feito, aconteceram coisas que não era para ter acontecido, falei coisas para minha família que em sã consciência, nunca diria à eles.

É difícil escrever esta parte porque eu não gosto dela. Apesar de ter me divertido muito, me lembro bem das diversões que foram bem legais mesmo, alguns momentos desta parte marcaram e hoje é como uma vazio em mim.

Não mais, agora!
Do final de 2011 para a atualidade, prometi para mim, que serei o que sempre gostei de ser. Serei apenas eu e as coisas que tenho afinidade, serei meus pensamentos, serei o meu sorriso, serei o meu olhar crítico de minha criação, serei a pessoa que fui criada para ser e não serei mais a sociedade impondo seus legados para ser.

Hoje, me sinto alegre, amada, simples, calada como sempre, faladeira as vezes, tímida em conhecer alguém, risonha por todas as coisas, carinhosa, firme em decisões, pensativa, voada, as vezes seca ou doce de mais, livre e de compromisso sério.

Juliene Tesch de Oliveira

Nota: 2013

Ano de conquistas, aprendizagem, 
crescimento profissional, pessoal , espírito.
Ano da fé.
Ano em que eu aprendi a falar aos outros: Eu tenho um DEUS! E Ele tudo pode!
Talvez o ano mais triste que tive até o momento, perdi o HOMEM da minha vida, aquele que me deu a vida, que me educou e me chamou a atenção até os meus 24 anos.
Um ano que marcou minha trajetória, mudou o rumo. Mudou a família.
Mas obrigada, Deus! Eu continuarei te louvando pela vida.