quinta-feira, dezembro 22, 2011

Cheiro de Dezembro [02]


E o cheiro do meu dezembro insiste em me procurar...[Cheiro de Dezembro]

Ahh Dezembro, se eu tivesse dom de compor músicas, a primeira seria dedicada ao cheiro do mês de dezembro. 
O que mais me fascina é que pensei que neste ano de 2011 este cheiro iria acabar para mim, pois mudei de bairro e imaginei que o cheiro das árvores das pessoas de lá influenciavam eu a sentir este cheiro. Acabei percebendo que quando estamos às vésperas deste mês já começo a sentir a esperança de momentos melhores tocarem em mim, chegar mais perto de sentimentos bons e daí vem o cheiro que sinto... Cheiro de Dezembro.

É uma “coisa” totalmente inexplicável, não consigo pensar em palavras que possam expressar o que sinto no mês de dezembro. É lindo, é prazeroso, é como se eu comesse muitos chocolates mesmo não tendo comido nenhum, é como uma sobremesa rara, o melhor perfume importado, o livro nunca escrito ou o melhor brinquedo que já ganhei quando era criança. Mesmo tendo falado tudo isso ainda não consegui explicar como é o cheiro de dezembro para mim.

Talvez Jesus esteja mais próximo de nós neste mês (minha mãe se ouvisse isso de mim com certeza iria me contrariar). Esta sensação de aproximação do “novo” é um dos sentimentos que podem estar gerando a esperança de momentos e melhores e também de eu poder sentir este cheiro bom de dezembro.

Fazer da areia, terra e água uma canção
Depois, moldar de vento a flauta
que há de espalhar esta canção
Por fim tecer de amor lábios e dedos
que a flauta animarão
E a flauta, sem nada mais que puro som
envolverá o sonho da canção
por todo o sempre, neste mundo

*Carlos Drummond Andrade (Dezembro de 1981)

*O autor conseguiu ganhar uma parte do meu coração com as poesias tão lindas que ele já escreveu.